segunda-feira, 12 de julho de 2010

Horta escolar

Hortas escolares são um novo passo na execução do projeto “Coletivo Jovem”, da Fundação Terra Mirim em convênio com a empresa Eternit, instalada aqui no Vale do Itamboatá, que visa promover meios de vivência em Educação Ambiental.
São quatro escolas do Vale do Itamboatá contempladas neste programa. A Irmã Dulce (Santa Rosa), Manoel Evangelista (Convel), Escola Ecológica (Terra Mirim) e a Cecom (Palmares). Quem está coordenando a implantação das Hortas escolares é Shirah, pedagoga com larga experiência em hortas nas escolas, juntamente com Juca, agrônomo e parceiro da FTM em diversos outros projetos. A supervisão geral é da gerencia ambiental FTM, com Mhinana e Zuca.
O projeto nasceu do anseio das comunidades, das gestoras escolares e da Fundação Terra Mirim, em valorizar o trabalho com a Terra e trazer caminhos de educação ambiental e alimentar. Este movimento ajuda a unir as comunidades, porque não só participam os alunos e os professores. Os pais, a merendeira, a secretária e todo mundo que está interessado, pode participar nesse movimento. Outro aspecto importante é que esta ação cria a possibilidade para as crianças e jovens terem aulas ao ar livre, ativas, fora das salas. Assim vamos incentivando os jovens a recriarem a conexão com a natureza e o meio ambiente em geral, especialmente o escolar e comunitário. A horta é um lugar que propicia, para eles, o aprendizado em diversas disciplinas. Os professores podem, através dela, ensinar matemática, fazer poesia, ensinar inglês, geografia e muito mais. E no final, a horta também garante uma alimentação melhor, mais saudável e os alunos aprendem a importância de cultivar a terra e podem levar o aprendizado para casa e passar isso para os pais.
Eu acho que a horta escolar é uma coisa muito legal. Deve ser massa para os meninos e meninas ter esse contato com a terra: plantar e cuidar desse lugar e, depois, colher e comer o que eles fizeram. É uma experiência muito interessante e eles podem aprender muito.
Desde o inicio desse ano ocorreram reuniões com os professores, diretores e, também, com responsáveis da Eternit. Houve conversas sobre experiências com hortas em outras escolas, onde dúvidas foram tiradas e idéias colocadas. No começo de abril, Juca e Shirah foram para as quatro escolas para medir o espaço e ver as possibilidades de fazer o cultivo.
Depois foi marcada outra reunião para um sábado, de 8 horas da manhã até meio dia, para fazer a socialização e para tirar as ultimas duvidas. Estavam convidados os diretores, os professores, as merendeiras, os alunos bolsistas (em cada escola vai ter duas bolsistas que vão ter a responsabilidade da horta durante das férias e feriados), os pais e o pessoal da Eternit. Umas 9 horas só tinham chegado umas 20 pessoas... dos 60 que a gente estava esperando. Isso foi uma experiência triste, porque nas reuniões anteriores todo mundo sempre estava mostrando que estava feliz com esse projeto e que esse movimento era importante... Mas não compareceram nesta reunião. Isso talvez tenha acontecido porque era num sábado, porque o ministério da educação falou que não poderia suspender um dia de aulas por causa dessa reunião. Então a reunião foi feita num sábado, o dia livre dos professores.
Depois desse dia tudo andou devagar. Juca e Shirah foram às escolas de novo para tratar dos assuntos do sábado quando a maioria das pessoas não veio. Demorou mais um mês para fazer outra reunião. Ela aconteceu no dia 18 de maio, para fazer a capacitação dos professores e bolsistas. Informar a eles sobre como começar com a plantação, só que nesse dia Juca ligou e avisou a ausência dele porque estava doente. Então Shirah teve que improvisar: falou sobre as sementes, a importância da horta e no final eles fizeram uma parte prática na escola ecológica plantando coentro.
Sobre os próximos passos eu não estou bem informada, mas é para as escolas prepararem o espaço e, finalmente, plantar.

A idéia do projeto é muito legal, só que tudo acontece muito devagar. Se isso é por causa de falta de tempo ou de desinteresse... quem sabe. Talvez isso só seja o jeito brasileiro que tudo precisa do seu tempo. Claro é... se eles conseguem estabelecer esse movimento, vai ficar muito massa para as escolas e os alunos, porque é uma experiência única de trabalhar tão perto com a terra e de observar a planta crescer da semente até colher. Na minha escola na Alemanha também tinha um projeto parecido e eu gostei muito. Facilitou muito aprender várias disciplinas com a horta.